Atualizando suas projeções para 2016 sobre a produção, comércio e consumo mundiais da carne de frango, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que as exportações do produto aumentem perto de 5% em relação a 2015, atingindo o volume recorde de 10,755 milhões de toneladas.
Considerados individualmente apenas os dois líderes da exportação – Brasil e EUA – e colocando os demais exportadores em um bloco único, a maior expansão no ano (+6,7%) está reservada para os EUA. Mas o incremento brasileiro não será muito diferente: +6,5%. O que leva os demais exportadores a uma expansão de apenas 1,2%.
A possibilidade de o Brasil vir a registrar índice de evolução inferior ao dos EUA não significa que perca posição. Ao contrário, ela tende a nova expansão. E, aceitos os números projetados para 2016, a participação brasileira nas exportações mundiais – próxima de 35% em 2012 – subirá para 38%. Já a dos norte-americanos cairá de 33% para 28%.
Notar, a propósito dos números divulgados pelo USDA, que:
1 – O incremento de 6,7% agora previsto para as exportações dos EUA corresponde a pouco mais da metade do que era apontado em projeções anteriores. Nas estimativas efetuadas seis meses atrás, em outubro de 2015, o USDA projetava, para os EUA, exportações da ordem de 3,221 milhões de toneladas, o que representaria aumento anual de mais de 12%. Porém, mesmo que chegassem a esse volume, continuariam inferiores às de 2012 e 2013;
2 – A despeito de virem a atingir novo recorde em 2016, podendo aproximar-se dos 10,8 milhões de toneladas, as exportações mundiais de carne de frango completarão um quinquênio estacionadas na faixa dos 10 milhões de toneladas, com expansão média pouco superior a 1,5% ao ano. Isso é reflexo das dificuldades econômicas internacionais, mas decorre, também, do aumento de produção em países outrora importadores. E o caso mais gritante é o da Rússia, até a década passada maior importador mundial e, hoje, exportadora do produto (embora em pequenas quantidades).